Escalar-te lábio a lábio, percorrer-te: eis a cintura o lume breve entre as nádegas e o ventre, o peito, o dorso descer aos flancos, enterrar os olhos na pedra fresca dos teus olhos, entregar-me poro a poro ao furor da tua boca, esquecer a mão errante na festa ou na fresta aberta à doce penetração das águas duras, respirar como quem tropeça no escuro, gritar às portas da alegria, da solidão. porque é terrivel subir assim às hastes da loucura, do fogo descer à neve. abandonar-me agora nas ervas ao orvalho - a glande leve.