A ti eu canto e a mais ninguém, Principe estranho por quem Chamam as horas obscuras de delírio. Senhor dos bailados, negro lírio A ti eu canto e a mais ninguém. Misto de ideal e lixo, Semideus e semebicho Fabuloso, mágico e lendário E mais real do que as vozes da rua, Em tudo a ti próprio contrário. A tua luz é um sol escuro E a tua sombra sempre da luz ao lado Éo céu mais negro e mais sem lua Mas o mais constelado. E a ti eu canto e a mais ninguém, Príncipe estranho, senhor dos bailados, À luz dos lumes apagados.