Tão longo caminho E todas as portas Tão longo o caminho Sua sombra errante Sob o sol a pino A água de exílio Por estradas brancas Quanto Passo andado País ocupado Num quarto fechado As portas se fecham Fecham-se janelas Os gestos se escondem Ninguém lhe responde Solidão vindima E não querem vê-lo Encontra silêncio Que em sombra tornados Naquela cidade Quanto passo andado Encontrou fechadas Como vai sozinho Desenha as paredes Sob as luas verdes É brilhante e fria Ou por negras ruas Por amor da terra Onde o medo impera Os olhos se fecham As bocas se calam Quando ele pergunta Só insultos colhe O rosto lhe viram Seu longo combate Silêncio daqueles Em monstros se tornam Tão poucos os homens