Oh! Páginas da Vida que Eu Amava

Álvares de Azevedo

Oh! Páginas da vida que eu amava, Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado! ... Ardei, lembranças doces do passado! Quero rir-me de tudo que eu amava! E que doudo que eu fui! como eu pensava Em mãe, amor de irmã! em sossegado Adormecer na vida acalentado Pelos lábios que eu tímido beijava! Embora — é meu destino. Em treva densa Dentro do peito a existência finda Pressinto a morte na fatal doença! A mim a solidão da noite infinda! Possa dormir o trovador sem crença Perdoa minha mãe - eu te amo ainda!