In Memorian

Eugénio de Andrade

Esses mortos difíceis Que não acabam de morrer Dentro de nós; o sorriso De fotografia, A carícia suspensa, as folhas Dos estios persistindo Na poeira; difíceis; O suor dos cavalos, o sorriso, Como já disse, nos lábios, Nas folhas dos livros; Não acabam de morrer; Tão difíceis, os amigos