A meu irmão Eu tenho lido em mim, sei-me de cor, Eu sei o nome ao meu estranho mal: Eu sei que fui a renda dum vitral, Que fui cipreste, caravela, dor! Fui tudo que no mundo há de maior: Fui cisne, e lirio, e águia, e catedral! E fui, talvez, um verso de Nerval, Ou. um cínico riso de Chamfort... Fui a heráldica flor de agrestes cardos, Deram as minhas maos aroma aos nardos... Deu cor ao eloendro a minha boca... Ah! de Boabdil fui lágrima na Espanha! E foi de lá que eu trouxe esta ánsia estranha, Mágoa nao sei de qué! Saudade louca!