Outono vem em fulvas claridades... Vamos os dois esp’rá-lo de mãos dadas: Tu, desfolhando as rosas das estradas, E eu, escutando o choro das saudades... Outono vem em doces suavidades... E a acender fogueiras apagadas Andam almas no céu, ajoelhadas... E a terra reza a prece das Trindades. Choram no bosque os musgos e os fetos. Vogam nos lagos pálidos e quietos, Como gôndolas d’oiro, as borboletas. Meu Amor! Meu Amor! Outono vem... Beija os meus-olhos roxos, beija-os bem! Desfolha essas primeiras violetas!...