Á minha ilustre camarada Laura haves
Pelos campos em fora, pelos combros,
Pelos montes que embalam a manha,
Largo os meus rubros sonhos de paga,
Enquanto as aves poisam nos meus ombros...
Em vao me sepultaram entre escombros
De catedrais duma escultura va!
Olha-me o loiro sol tonto de assombros,
as nuvens, a chorar, chamam-me irma!
Ecos longínquos de ondas... de universos..
Ecos dum Mundo... dum distante Além,
Donde eu trouxe a magia dos meus versos!
Sou eu! Sou eu! A que nas maos ansiosas
Prendeu da vida, assim como ninguém,
Os maus espinhos sem tocar nas rosas!