Tu dormes embalado nos rochedos E aos meus ouvidos vem falar o vento Escuto, busco, chamo e não respondes, E todo o mundo se tornou fantasma. Estou fechada, suspensa, prisioneira Queria voltar para fora, para o dia Ressurgir, respirar, tornar a ver, Mas todo o mundo se tornou fantasma. E a voz do mar encheu o céu e a terra Uma voz que está cheia e que se quebra E nunca mais acaba. Pássaros brancos cortam as janelas, Anémonas cintilam nos rochedos: Terror de estar sozinha e de escutar Com este tempo morto entre os meus dedos.