Eu sou doido por Alice
Mas confesso que a meiguice
De Conceição me alucina.
Lucília não me dá folga
Porém que amor é Bambina!
Por Olga já fiz miséria
Perdi dinheiro e saúde
Mas quando Maria Quitéria
Apareceu, eu não pude...
Mais tarde, dona Florinda
Quase me pega: que uva!
Depois foi a viúva Dantas:
Nunca vi coisa mais linda
Do que o morro da Viúva.
Em seguida foram tantas
Que já nem estou mais lembrado
Foi Tereza Guimarães
Foi Carolina Machado.
Hilda tinha tanto fogo
Que eu, fraco, sem poder mais
Mudei para Botafogo
Meus casos sentimentais.
Minha dona Mariana
Que saudades da senhora...
Como foi bom seu convívio
Depois que deixei Aurora!
Foi por essa ocasião
Que eu, numa questão de dias
Namorei tantas Marias
Quantas encontrei à mão.
Primeiro, Maria Amália
E logo Maria Angélica
Que larguei por Marieta
Por achá-la um tanto bélica.
Maria do Carmo deu-me
Momentos a não esquecer
E a bela Maria Paula...
Morei nela de morrer.
Estela... de minha vida
Nunca vi coisa mais nua
Nem mais ardente; foi ela
Quem mostrou-me o olho da rua.
Em Ana Teles perdi
Os meus versos mais profundos
Depois passei-me para Alcina:
Como adorava os baldios
Que existiam nos seus fundos!
E Irene... como era triste!
No entanto, tão bem calçada...
Nela gastei muito alpiste
Para a sua passarada.
Mas se me disserem: poeta
Qual o nome mais amado
Das ruas que conheceu?
Eu tanto tempo passado
Ó minha Joana Angélica
Iria dizer o teu.