A Ninfa

Manuel Bandeira

Estranha volta ao lar naquele dia! Tornava o filho pródigo à paterna Casa, e não via em nada a antiga e terna Jubilação da instante cotovia. Antes, em tudo a igual monotonia, Tanto mais flébil quanto mais eterna. A ninfa estava ali. Que alvor de perna! Mas, em compensação, como era fria! Ao vê-la assim, calou-se no passado A voz que nunca ouviu sem que direito Lhe fosse ao coração. Logo ao seu lado Buliu na luz do lar, na luz do leito, Como um brasão de timbre indecifrado, O ruivo, raro isóscele perfeito.