Quando ela passa: - a veste desgrenhada, O cabelo revolto em desalinho, No seu olhar feroz eu adivinho O mistério da dor que a traz penada. Moça, tão moça e já desventurada; Da desdita ferida pelo espinho, Vai morta em vida assim pelo caminho, No sudário de mágoa sepultada. Eu sei a sua história. - Em seu passado Houve um drama d'amor misterioso - O segredo d'um peito torturado - E hoje, para guardar a mágoa oculta, Canta, soluça - coração saudoso, Chora, gargalha, a desgraçada estulta.