Agora é noite! E na estelar coorte,
Como recordação da festa diurna
Geme a pungente orquestração noturna
E chora a fanfarra triunfal da Morte.
Então, a Lua que no céu se espalha,
Iluminando as serranias, banha,
As serranias duma luz estranha,
Alva como um pedaço de mortalha!
Nessa música que a alma me ilumina
Tento esquecer as minhas próprias dores
Canto, e minh'alma cobre-se de flores
— Fera rendida à música divina.
Harpas concertam! Brandas melodias
Plangem... Silêncio! Mas de novo as harpas
Reboam pelo mar, pelas escarpas,
Pelos rochedos, pelas penedias...
Eu amo a Noite que este Sol arranca!
Namoro estrelas... Sirius me deslumbra,
Vésper me encanta, e eu beijo na penumbra
A imagem lirial da Noite Branca!