Nao se acende hoje a luz... Todo o luar Fique lá fora. Bem aparecidas As estrelas miudinhas, dando no ar As voltas dum cordáo de margaridas! Entram falenas meio entontecidas... Lusco-fusco... Um morcego, a palpitar, Passa... torna a passar... torna a passar... As coisas tém o ar de adormecidas... Mansinho... Roça os dedos p’lo teclado, No vago arfar que tudo alteia e doira, Alma, Sacrário de Almas, meu Amado! E, enquanto o piano a doce queixa exala, Divina e triste, a grande sombra loira, Vem para mim da escuridáo da sala...