Meu Amor, nao é nada: - Sons marinhos Numa concha vazia, choro errante... Ah, olhos que nao choram! Pobrezinhos... Nao há luz neste mundo que os levante! Eu andarei por ti os maus caminhos E as minhas maos, abertas a diamante, Hao de crucificar-se nos espinhos Quando o meu peito for o teu mirante! Para que corpos vis te nao desejem, Hei de dar-te o meu corpo, e a boca minha Pra que bocas impuras te nao beijem! Como quem roça um lago que sonhou, Minhas cansadas asas de andorinha Hao-de prender-te todo num só vóo...