Um idilio passou á minha rua
Ontem a horas mortas e caladas,
Ele e Ela passaram de mãos dadas,
Mais brancos do que a própria luz da luz
Passaram ao clarão do amor primeiro,
Olhos nos olhos cheios de luar.
E no seio da noite aquele olhar
Par’cia encher de sol o mundo inteiro!
E Deus mandou que a terra se calasse,
Que ouvisse os passos deles, que escutasse
Como o Amor caminha devagar...
Era a terra calada como um monge...
E os passos deles ao perder-se ao longe,
O coração da noite a palpitar!...