Quis Deus dar-me o condao de ser sensível
Como o diamante á luz que o alumia,
Dar-me uma alma fantástica, impossível:
- Um bailado de cor e fantasia!
Quis Deus fazer de ti a ambrosia
Desta paixâo estranha, ardente, incrível!
Erguer em mim o facho inextinguível,
Como um cinzel vincando uma agonia!
Quis Deus fazer-me tua... para nada!
- Vâos, os meus braços de crucificada,
Inuteis, esses beijos que te dei!
Anda! Caminha! Aonde?... Mas por onde?...
Se a um gesto dos teus a sombra esconde
O caminho de estrelas que tracei...