Falo de ti ás pedras das estradas, E ao sol que é loiro como o teu olhar, Falo ao rio, que desdobra a faiscar, Vestidos de Princesas e de Fadas; Falo ás gaivotas de asas desdobradas, Lembrando lenços brancos a acenar, E aos mastros que apunhalam o luar Na solidao das noites consteladas; Digo os anseios, os sonhos, os desejos Donde a tua alma, tonta de vitória Levanta ao céu a torre dos meus beijos! E os meus gritos de amor, cruzando o espaço, Sobre os brocados fúlgidos da glória, Sao astros que me tombam do regaço!