Soneto! Mal de ti falem perversos que eu te amo e te ergo no ar como uma taça. Canta dentro de ti a ave da graça na gaiola dos teus quatorze versos. Quantos sonhos de amor jazem imersos em ti que és dor, temor, glória e desgraça? Foste a expressão sentimental da raça de um povo que viveu fazendo versos. Teu lirismo é a nostálgica tristeza dessa saudade atávica e fagueira que no fundo da raça nos verteu a primeira guitarra portuguesa gemendo numa praia brasileira naquela noite em que o Brasil nasceu...