Ali então em pleno mundo antigo À sombra do cipreste e da videira Olhando o longo tremular do mar Num silêncio de luas e de trigo (Como se a morte a dor o tempo a sorte Não nos tivessem nunca acontecido) Em nossas vidas a pausa há-de poisar Como o luar que poisa nas videiras E em frente ao longo tremular do mar Num perfume de vinho e de roseiras A sombra da videira há-de poisar Em nossas mãos e havemos de habitar O silêncio das luas e do trigo No instante ameaçado e prometido E os poemas serão o próprio ar - Canto de ser inteiro e reunido - Tudo será tão próximo do mar Como o primeiro dia conhecido.