Aquele que partiu Precedendo os próprios passos como um jovem morto Deixou-nos a esperança. Ele não ficou para connosco Destruir com amargas mãos seu próprio rosto Intacta é a sua ausência Como a estátua dum deus Poupada pelos invasores duma cidade em ruínas Ele não ficou para assistir À morte da verdade e à vitória do tempo Que ao longe Na mais longínqua praia Onde só haja espuma sal e vento Ele se perca tendo-se cumprido Segundo a lei do seu próprio pensamento E que ninguém repita o seu nome proibido.