Eu sou o solitário e nunca minto. Rasguei toda a vaidade tira a tira E caminho sem medo e sem mentira À luz crepuscular do meu instinto. De tudo desligado, livre sinto Cada coisa vibrar como uma lira, Eu - coisa sem nome em que respira Toda a inquietação dum deus extinto. Sou a seta lançada em pleno espaço E tenho de cumprir o meu impulso, Sou aquele que venho e logo passo. E o coração batendo no meu pulso Despedaçou a forma do meu braço Pra além do nó de angústia mais convulso.