Estranha noite velada, Sem estrelas e sem lua. Em cuja bruma recua Fantasma de si mesma cada imagem Jaz em ruínas a paisagem, A dissolução habita cada linha. Enorme, lenta e vaga A noite ferozmente apaga Tudo quanto eu era e quanto eu tinha E mais silenciosa do que um lago, Sobre a agonia desse mundo vago, A morte dança E em seu redor tudo recua Sem força e sem esperança. Tudo o que era certo se dissolve; O mar e praia tudo se resolve Na mesma solidão eterna e nua.