Quando as luzes da noite se reflectirem imóveis nas águas verdes de Brindisi Deixarás o cais confuso onde se agitam palavras passos remos e guindastes A alegria estará em ti acesa como um fruto Irás à proa entre os negrumes da noite Sem nenhum vento sem nenhuma brisa só um sussurrar de búzio no silêncio Mas pelo súbito balanço pressentirás os cabos Quando o barco rolar na escuridão fechada Estarás perdida no interior da noite no respirar do mar Porque esta é a vigília de um segundo nascimento O sol rente ao mar te acordará no intenso azul Subirás devagar como os ressuscitados Terás recuperado o teu selo a tua sabedoria inicial Emergirás confirmada e reunida Espantada e jovem como as estátuas arcaicas Com os gestos enrolados ainda nas dobras do teu manto