Na manhã recta e branca do terraço
Em vão busquei meu pranto e minha sombra
O perfume do orégão habita rente ao muro
Conivente da seda e da serpente
No meio-dia da praia o sol dá-me
Pupilas de água mãos de areia pura
A luz me liga ao mar como a meu rosto
Nem a linha das águas me divide
Mergulho atré meu coração de gruta
Rouco de silêncio e roxa treva
O promontório sagra a claridade
A luz deserta e limpa me reúne.