O jardim está brilhante e florido, Sobre as ervas, entre as folhagens, O vento passa, sonhador e distraído, Peregrino de mil romagens. É Maio ácido e multicolor, Devorado pelo próprio ardor, Que nesta clara tarde de cristal Avança pelos caminhos Até os fantásticos desalinhos Do meu bem e do meu mal. E no seu bailado levada Pelo jardim deliro e divago, Ora espreitando debruçada Os jardins do fundo do lago, Ora perdendo o meu olhar Na indizível verdura Das folhas novas e tenras Onde eu queria saciar A minha longa sede de frescura.