Vimos o mundo aceso nos seus olhos, E por os ter olhado nós ficámos Penetrados de força e de destino. Ele deu carne àquilo que sonhámos, E a nossa vida abriu-se, iluminada Pelas imagens de oiro que ele vira, Veio dizer-nos qual a nossa raça, Anunciou-nos a pátria nunca vista, E a sua perfeição era o sinal De que as coisas sonhadas existiam. Vimo-lo voltar das multidões Com o olhar azulado de visões Como se tivesse ido sempre só. Tinha a face voltada para a luz, Intacto caminhava entre os horrores, Interior à alma como um conto. E ei-lo caído à beira do caminho, Ele - o que partira com mais força Ele - o que partira pra mais longe. Porque o ergueste assim como um sinal? Pusemos tantos sonhos em seu nome! Como iremos além da encruzilhada Onde os seus olhos de astro se quebraram?