É na varanda que os poemas emergem Quando se azula o rio e brilha O verde-escuro do cipreste - quando Sobre as águas se recorta a branca escultura Quasi oriental quasi marinha Da torre aérea e branca E a manhã toda aberta Se torna irisada e divina E sobre a página do caderno o poema se alinha Noutra varanda assim num Setembro de outrora Que em mil estátuas e roxo azul se prolongava Amei a vida como coisa sagrada E a juventude me foi eternidade