Nos sessenta e cinco anos do pintor
mais jovem do Brasil
Carioca Di Cavalcanti
É com a maior emoção
Que este também carioca
Te traz esta saudação.
É de todo o coração
Poeta Di Cavalcanti
Que este também poetante
Te faz esta sagração.
Amigo Di Cavalcanti
Amigo de muito instante
De alegria e de aflição
Nos teus treze lustros idos
Cinco foram bem vividos
Bem vividos e bebidos
Na companhia constante
Deste também teu irmão.
Quantos amigos já idos!
Quantos ainda partirão!
Mestre pintor Emiliano
Augusto Cavalcanti
De Albuquerque: ou melhor Di
Um ano segue a outro ano
Diz o vulgo por aí
E daí? se mais humano
Fica um homem (igual a ti!)
Mesmo entrando pelo cano?
Se pode dizer: vivi!?
Viveste, Di Cavalcanti
Foste amigo e foste amante
Não há outro igual a ti
Juntos bebemos champagne
Uísque, vinho, parati
Juntos rimos e choramos
No México e em Paris
Juntos tivemos e amamos
Mulheres daqui e dali
Maria... quantas Marias...
(Fiquei mesmo por aí.)
Que bom seria, Emiliano
Se Ovalle estivesse aqui!
Que bom seria se Noemia
Braço dado
(Vê minha mão como treme... )
Viesse abraçar-te, Di!