Meus ñervos, guizos de oiro a tilintar
Cantam-me n'alma a estranha sinfonia
Da volúpia, da mágoa e da alegria,
Que me faz rir e que me faz chorar!
Em meu corpo fremente, sem cessar,
Agito os guizos de oiro da folia!
A Quimera, a Loucura, a Fantasia,
Num rubro turbilhâo sinto-As passar!
O coraçâo, numa imperial oferta.
Ergo-o ao alto! E, sobre a minha mâo,
É uma rosa de púrpura, entreaberta!
E em mim, dentro de mim, vibram dispersos,
Meus ñervos de oiro, espléndidos, que sao
Toda a Arte suprema dos meus versos!