Estelas funerárias

Sophia de Mello Breyner Andresen

Jovens sorridentes celebrando Em todos os museus a própria morte Tão direito e firme amor da vida Aqueles que os amaram consagraram A breve eternidade do seu povo Agora expostos numa terra alheia De seus ossos e cinza separados Roubados ao lugar que os viu viver O entreaberto lírio do sorriso As passagens sem luz iluminando