A morte do rei D. José I

Alvarenga Peixoto

Do claro Tejo á escura foz do Nilo, E do barbaro Araxe ao Tibre vago, A fama, o susto e o marcial estrago, Rompa a fama os clarins em repetil-o. Mas não podem achar seguro asylo Fóra das margens do estigio lago Os assombros de Roma e de Carthago, Annibal, Scipião, Fabio e Camillo. Os grandes ossos cobre a terra dura, E a morte desenrola o negro manto Sobre o pio José na sepultura. Injusta morte, soffre o nosso pranto, Que ainda que és lei a toda a creatura, Parece não devias poder tanto.