Abrir os olhos, procurar a luz, De corafáo erguido ao alto, em chama, Que tudo neste mundo se reduz A ver os astros cintilar na lama! Amar o sol da glória e a voz da fama Que em clamorosos gritos se traduz! Com misericórdia, amar quem nos náo ama, E deixar que nos preguem numa cruz! Sobre um sonho desfeito erguer a torre Doutro sonho mais alto e, se esse morre, Mais outro e outro ainda, toda a vida! Que importa que nos vençam desenganos, Se pudermos contar os nossos anos Assim como degraus duma subida?