Bem pobre sou, ó homem de Deus, herói, mártir, santo
Sou o eterno pensamento de David sobre o leito púrpura de Urias.
Sou um escravo! tenho o lar e tenho o mar - e nada tenho!
Tenho a poesia... tenho-a? ai de mim! nem lágrimas, talvez.
Meu são Francisco da face crispada! acolhe o teu servo humano
Acolhe o que não te compreende e que vai escrevendo a sua mágoa!
Tu! os joelhos esmagando as cidades, as mãos sobre himalaias; o rosto mergulhado na névoa infinita!
E nos teus pés a miséria, no teu coração a tempestade, na tua face a contemplação.