A mesma rainha

Alvarenga Peixoto

A paz, a doce mãi das alegrias, O pranto, o luto, o dissabor desterra; Faz que s’esconda a criminosa guerra, E traz ao mundo os venturosos dias; Desce, cumprindo eternas prophecias, A nova geração dos céos á terra; O claustro virginal se desencerra, Nasce o Filho de Deos, chega o Messias. Busca um presepio, cahe no pobre feno A mão omnipotente, a quem não custa Crear mil mundos ao primeiro aceno. Bemdita sejas, lusitana augusta! Cobre o mar, cobre a terra um céo sereno, Graças a ti, ó grande, ó sabia, ó justa!