Pela primeira vez, ímpias risadas
Susta em prantos o deus da zombaria;
Chora, e vingam-se dele, nesse dia,
Os silvanos e as ninfas ultrajadas;
Trovejam bocas mil escancaradas,
Rindo; arrombam-se os diques da alegria,
E estoira descomposta vozeria
Por toda a selva, e apupos e pedradas.
Fauno o indigita; a Náiade o caçoa;
Sátiros vis, da mais indigna laia,
Zombam. Não há quem dele se condoa!
E Eco propaga a formidável vaia,
Que além, por fundos boqueirões reboa,
E, como um largo mar, rola e se espraia...