É esta a hora perfeita em que se cala O confuso murmurar das gentes E dentro de nós finalmente fala A voz grave dos sonhos indolentes. É esta a hora em que as rosas são as rosas Que floriram nos jardins persas Onde Saadi e Hafiz as viram e as amaram. É esta a hora das vozes misteriosas Que os meus desejos preferiram e chamaram. É esta a hora das longas conversas Das folhas com folhas unicamente. É esta a hora em que o tempo é abolido E nem sequer conheço a minha face.