O amor, a cada filho, se renova. Mesmo no inverno, brilha a primavera... E o coração dos pais, sedento, prova O néctar suave de quem tudo espera. Vai-se a lua, e vem outra lua nova... Ai! os filhos... (e quem os não quisera?) São frutos que criamos para a cova. Melhor fora que Deus no-los não dera. Frutos de beijos e de abraços, frutos Dos instantes fugazes, voluptuosos, Rosário interminável de noivados... Filhos... São flores para velhos lutos. Por que Jesus nos fez tão venturosos, Para sermos depois tão desgraçados?