A paz, a doce mãi das alegrias,
O pranto, o luto, o dissabor desterra;
Faz que s’esconda a criminosa guerra,
E traz ao mundo os venturosos dias;
Desce, cumprindo eternas prophecias,
A nova geração dos céos á terra;
O claustro virginal se desencerra,
Nasce o Filho de Deos, chega o Messias.
Busca um presepio, cahe no pobre feno
A mão omnipotente, a quem não custa
Crear mil mundos ao primeiro aceno.
Bemdita sejas, lusitana augusta!
Cobre o mar, cobre a terra um céo sereno,
Graças a ti, ó grande, ó sabia, ó justa!