É Primavera agora, meu Amor!
O campo despe a veste de estamenha;
Nao há árvore nenhuma que nao tenha
O coragao aberto, todo em flor!
Ah! Deixa-te vogar, calmo, ao sabor
Da vida... não há bem que nos não venha
Dum mal que o nosso orgulho em vâo desdenha!
Não há bem que não possa ser melhor!
Também despi meu triste burel pardo,
E agora cheiro a rosmaninho e a nardo
E ando agora tonta, á tua espera...
Pus rosas cor-de-rosa em meus cabelos...
Parecem um rosal! Vem desprendé-los!
Meu Amor, meu Amor, é Primavera!...