Taormina
A dupla profundidade do azul
Sonda o limite dos jardins
E descendo até a terra o transpõe.
Ter o Etna, coberto de neve, ao horizonte da mão,
Considerado das ruínas do templo grego,
Descansa.
Ninguém recebe conscientemente
O carisma do azul.
Ninguém esgota o azul e seus enigmas.
Armados pela história, pelo século,
Aguardando o desabar do azul, o desfecho da bomba,
Nunca mais distinguiremos
Beleza e morte limítrofes.
Nem mesmo debruçados
Sobre o mar de Taormina.
Oh, intolerável beleza,
Oh, pérfido diamante,
Ninguém, depois da iniciação, dura
No teu centro de luzes contrárias.
Sob o signo trágico vivemos
Mesmo quando na alegria
Levantamos o pão e o vinho.
Oh, intolerável beleza
Que sem a morte se oculta.