Morro de sede! a minha ânsia
Não pode mais
Dêem-me água fria, dêem-me leite
Dêem-me morangos verdes, verdes
Dêem-me a boquinha de Yayá.
Meu corpo todo sente a falta.
Sinto sede, quero me embebedar de cerveja gelada
Quero que chova, eu sentado num bar galego... e as raparigas
Estou cáustico, meus pulrnões estertoram, […] meu estômago
Se contrai como um corvo, ardendo do verde absinto.
Ah, quero a plenitude fria, mulheres gordas de nádegas abaixo, de seios.
Preciso dos banhos de bica, das sensatas intermináveis dores do coração
Dêem-me cigarros fortes, salada de batata e um pouco de gelo para eu chupar.
Sinto sede! quero dormir na língua de Marian Anderson ouvindo cantos.
Quero acampamentos.