Na sala de luz lívida, sorriam
Sombras imóveis; e outras lacrimosas
Perseguiam lembranças dolorosas
Na exaltação das flores que morriam.
Em vácuos de perfume, descaíam
Diáfanos, de diáfanas mãos piedosas
Fátuos sons de brilhantes que fremiam
Entre a crepitação lenta das rosas.
Nas taças cheias acendiam círios
Votivos, e entre as taças e entre os lírios
Vozes veladas, nessa mesa posta
Velavam... enquanto plácida e perdida
Irreal e longínqua como a vida
Toda de branco perpassava a Morta.