De sobre ti levanto o meu cadáver.
Vejo teus seios que fogem, teu rosto que se cobre de sombras
O ventre maldito nos acorrenta ainda.
Sinto que penetras um mar desconhecido
Que te diluis lentamente, as pupilas abertas no flanco das águas
Que aprofundas regiões onde eu nunca poderei chegar
O mistério cobre-te da presença da morte
És tu mesma e não eu - eu sou o corpo que bóia.
De sobre ti, mulher, levanto o meu cadáver.